Um dia depois do Tribunal de Contas da União (TCU) pedir para o Ministério do Esporte apressar a entrega da discriminação dos gastos com os Jogos Pan-Americanos de 2007, a pasta negou qualquer tipo de problema com o órgão do Governo Federal. Em comunicado oficial, a assessoria de imprensa da entidade declarou que todas as solicitações foram cumpridas no prazo. A informação é conflitante com o parecer do ministro Marcos Vilaça, que disse, em entrevista ao jornal ?Folha de S. Paulo?, que a demora do Ministério na entrega dos relatórios de gastos estava ?embaraçando? o trabalho do TCU. O atraso fez com que o órgão estabelecesse um prazo de 30 dias para o fim da pendência. ?Todas as solicitações demandadas pelo TCU foram e estão sendo prontamente respondidas pelo Ministério do Esporte dentro dos prazos estabelecidos. Não há nenhuma pendência do Ministério para com o Tribunal?, diz o comunicado oficial da pasta de Orlando Silva Jr. O texto ainda inclui um elogio à forma como foi administrada a prestação de contas dos Jogos Pan-Americanos, que serviriam de modelo para a organização da Copa do Mundo de 2014 e a candidatura do Rio de Janeiro à sede das Olimpíadas de 2014. A defesa do Ministério do Esporte fica completa com a explicação de que o Governo Federal não tinha responsabilidades tão grandes na organização do evento no início do projeto. Segundo o documento, ?as dificuldades na operacionalização? de um modelo com participação maior da Prefeitura e da iniciativa privada forçaram a ação da pasta. O texto da assessoria de imprensa ainda destaca trechos do voto do ministro-relator Marcos Vilaça que corroboram a tese do Ministério. ?Ao longo da preparação para os Jogos Pan-Americanos, quando a matriz ainda não havia sido definida, observou-se uma relut”ncia dos envolvidos em cumprir compromissos assumidos anteriormente, o que levou o Governo Federal a intervir?, declarou Vilaça.