A crise global transformou tem causado transtornos ao Comitê Olímpicos dos Estados Unidos (USOC, na sigla em inglês). Após perder o apoio de quatro empresas, a entidade está com dificuldades para manter os patrocinadores que restaram e até diminui o valor contratos para não sucumbir à instabilidade financeira. As informações são do “The New York Times”. A cadeira de varejo Home Depot anunciou na semana passada que não irá renovar a parceira de 16 anos com o USOC. O acordo rende US$ 5 mi anuais à entidade. A General Motors, patrocinadora desde 1984, cancelou o repasse da verba de US$ 7,5 milhões por ano. Kodak e John Hancock também se retiraram do movimento olímpico norte-americano. O USOC pode perder ainda os contratos que mantém com a Kellogg”s, assinado em 1976, e Johnson & Johnson, que não anunciaram o cancelamento ou a renovação dos patrocínios. Já a Anheuser-Busch estendeu a parceria, mas por valor mais baixo. A maré baixa, no entanto, não desanima o presidente-executivo da entidade, Jim Scherr. Em entrevista ao jornal dos EUA, o dirigente afirmou que a receita televisiva que será gerada pelos Jogos Olímpicos de Inverno, que serão disputados na cidade de Vancouver em 2010, e os Jogos de 2012, estimada em US$ 225 milhões, ajudará a superar o mau momento. O USOC – que negocia as renovações com AT&T e Bank of America por US$ 5 mi – tem ainda uma reserva de caixa de US$ 100 milhões. “Temos uma das mais fortes, se não a mais forte, marca do mundo, e acreditamos que continuamos a ter a capacidade de atingir nossas metas internas e internacionais de patrocínio. Certamente teremos um pouco mais de dificuldade para negociar contratos, e o esforço requerido pode ser um pouco maior, mas continuamos a sentir que nossa organização é extremamente viável”, disse Scherr. A verba oriunda de patrocínio corresponde a 45% do orçamento anual de US$ 150 milhões do comitê norte-americano. Outros 15% são provenientes de doações privadas.