Falta exatamente um ano para os Jogos Olímpicos de Pequim. Uma festa realizada na manhã desta quarta-feira na Praça da Paz Celestial, um dos principais pontos turísticos da capital chinesa, marcou o início da contagem regressiva para aquela que deve ser a edição mais cara da história da competição, com um investimento recorde de US$ 34 bilhões (cerca de R$ 75 bi). Os preparativos começaram logo após a confirmação da cidade como sede do evento pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), em 2001. O projeto chinês, que custou US$ 20 milhões, superou as candidaturas de Paris (França), Istambul (Turquia), Toronto (Canadá) e Osaka (Japão). Os números apresentados até o momento pelo Comitê Organizador de Pequim 2008 (Bocog) são compatíveis com a superlatividade territorial e populacional que caracteriza a China. Serão sete milhões de ingressos colocados à venda para as 37 instalações construídas e reformadas para as disputas. Além da audiência local, mais de quatro bilhões de pessoas deverão assistir às Olimpíadas de Pequim pela televisão. O país de 1,3 bilhão de habitantes, segundo estimativa de julho de 2006, deverá ser visitado por outras 500 mil pessoas. À parte dos turistas, 10,5 mil atletas de 205 nações e territórios são esperados para a competição. Estima-se ainda que o movimento global relativo à publicidade dos Jogos chegue aos US$ 489,3 bilhões, de acordo com projeção divulgada pela ZenithOptimedia. A empresa também revelou que, no próximo ano, cerca de 20% das propagandas chinesas terão alguma relação com o evento. Com o apoio de mais de 50 empresas, entre patrocinadores oficiais, parceiros e fornecedores, Pequim irá utilizar os próximos 366 dias ? 2008 é ano bissexto ? para ultimar os detalhes para abrigar a maior celebração esportiva do mundo. “O que vimos até agora nos deixou impressionados. Acredito que nunca tínhamos visto preparativos tão grandiosos”, disse o presidente do COI, Jacques Rogge, durante a cerimônia em Pequim, que contou com a presença de mais de 10 mil convidados. Antes do evento, porém, o dirigente mostrou-se preocupado com os níveis de poluição da cidade e sinalizou até com uma possível mudança de data para o ínicio de algumas competições disputadas ao ar livre, caso o problema não tenha uma solução em breve. “É uma opção. Esportes de curta duração não teriam problemas, mas as atividades de longa exposição, como o ciclismo, são exempos de competições que poderiam ser adiantadas ou atrasadas”, afirmou o comandante do COI.