Com mais de dez milhões de habitantes, Pequim se prepara para enfrentar a superlotação durante os Jogos Olímpicos, quando a cidade receberá cerca de 500 mil turistas. No momento, as principais metas das autoridades locais são descongestionar o tráfego, reduzir a poluição ambiental e acabar com a mendic”ncia na capital chinesa. A frota de veículos em Pequim é de três milhões. Com uma infra-estrutura viária deficiente, a cidade acaba concentrando o volume de carros e, conseqüentemente, a emissão de poluentes nas regiões centrais. Para o período dos Jogos, o governo pretende diminuir a circulação de automóveis pela metade, com o auxílio da rede de transportes públicos. Segundo o jornal “Beijing News”, os serviços das 173 linhas de ônibus serão multiplicados e 34 trens serão reservados somente para o serviço público, dos quais sete funcionarão 24 horas por dia. Além do tr”nsito, as ruas de Pequim sofrem com o número de ambulantes e mendigos. O presidente do Bocog (comitê organizador), Liu Qi, voltou a insistir na necessidade de as autoridades acabarem com a mendic”ncia e o comércio ambulante antes da competição. “O problema dos mendigos e ambulantes deve ser resolvido antes dos Jogos”, disse Li, ressaltando que a retirada dessas pessoas da rua deve ser gradual e feita de forma civilizada. “Não devemos criar problemas sociais”, completou. A campanha para “limpar” a cidade se intensificou neste ano. Vendedores de postais, bandeiras chinesas e materiais falsificados com a marca dos Jogos foram expulsos da Praça da Paz Celestial, ligando o sinal de alerta dos ativistas dos direitos humanos na China. A principal preocupação dessas organizações está relacionada aos métodos utilizados para retirar os mendigos das ruas por policiais e até por civis.