A Petrobras terá de fazer editais para poder investir em projetos de patrocínio esportivo a partir da Lei de Incentivo ao Esporte, que está em vigor desde este ano. A revelação foi feita na última quinta-feira pelo ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., durante o 11º seminário do Lide (Grupo de Líderes Empresariais). “Tudo o que se refere a recursos pela Lei de Incentivo ao Esporte terá de ser feito da maneira mais transparente possível. Na Petrobras, por exemplo, vamos fazer editais de convocação para que sejam cadastrados projetos para receber os recursos da lei”, afirmou o ministro. Segundo o político, além dos editais, prática que já é comum, mas que sempre gera polêmica para os derrotados na concorrência, serão montadas comissões para estudar as propostas. Para evitar grandes polêmicas, Silva Jr. afirma que farão parte desses grupos pessoas com conhecimento técnico sobre os projetos. “Além disso, montaremos comissões que terão a presença de membros da sociedade civil, para garantir a transparência. Não serão burocratas, serão pessoas técnicas, que saberão fazer a melhor escolha”. As frases foram dadas após questionamento feito pela platéia sobre o uso de recursos a partir da Lei de Incentivo ao esporte. Segundo pesquisa feita durante o evento com 186 empresários presentes, cerca de 65% ampliariam ou passariam a apoiar o esporte a partir da existência de benefícios fiscais. Em uma palestra com duração de 20 minutos para o grupo de empresários, Silva Jr. afirmou que a Lei do Esporte não interfere com os investimentos que já existem na área de Cultura a partir da Lei Rouanet.