Dona de um dos principais contratos de licenciamento do São Paulo, a Warner Bros foge à regra e não foca sua atenção no combate à pirataria. Apesar de demonstrar certa preocupação com a prática, Marcos Bandeira, gerente geral de produtos da companhia, entende que uma boa estratégia de atuação pode superar razoavelmente o problema. ?Nós nunca discutimos muito isso com o São Paulo. O principal foco de pirataria está na porta do estádio, e o clube resolveu grande parte disso com a loja no Morumbi. Além disso, temos a carreta que acompanha o time em alguns jogos que também cumpre esse papel?, disse o executivo, principal estrela do penúltimo painel desta segunda do 3º ABA Esportes, que acontece até está terça no hotel Sheraton, no Rio de Janeiro. O principal temor da Warner está relacionado à mistura de duas marcas fortes. Preocupado com a repercussão que um Pernalonga são-paulino pode ter para outras torcidas, Bandeira evita que os produtos cheguem ao consumidor comum. ?Nós mantemos esse tipo de material em lojas do clube e no estádio. No Brasil a gente sabe que é complicado para o corintiano ver alguma coisa assim, porque ele faz a ligação direta?, disse Bandeira, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. Essa relação delicada com os diversos públicos é, inclusive, uma das razões que afastam a Warner Bros de um contrato de patrocínio com o São Paulo. ?Isso realmente é uma das coisas que interferem. E nós também não temos intenção de entrar nisso porque é uma questão de estratégia. Nós somos bons em licenciamento?, concluiu o executivo, que contou com Ingrid Buckmann, gerente da marca Shell no Brasil, como mediadora.