A Associação de Boxe Amador (Aiba) está preocupada com a fama de ?chato? que o esporte tem por priorizar a integridade física de seus atletas. Por esse motivo, a entidade pediu a um grupo de especialistas para estudar um pacote de medidas para deixar a modalidade mais próxima ao pugilismo profissional, tornando-o mais atraente, de acordo com o jornal ?Folha de S.Paulo?. O estatuto atual da Aiba, por exemplo, já tem uma alteração grande, e menciona justamente o boxe profissional. “A associação deve ter como meta controlar seu destino em todos os níveis do esporte, incluído aí o boxe profissional”, diz o texto. O esporte em si também deve ter outras mudanças no regulamento para aproximá-lo do profissionalismo. A partir de agora, é recomendado que os árbitros interfiram no desenrolar do espetáculo só em casos inevitáveis, ao contrário da orientação anterior para manter o “fair play” a todo custo. Nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, os assaltos voltarão a ter três minutos, um a mais do que agora. A entidade que comanda o boxe amador, no entanto, planeja alterações ainda maiores que alterariam bastante o pugilismo olímpico. Essas mudanças devem ser votadas entre o fim deste ano e o início do próximo. Os atletas, por exemplo, não mais usarão capacete protetor. A alegação é que esta medida aumentaria a dramaticidade dos duelos e tornaria os competidores mais conhecidos, já que hoje seus rostos ficam escondidos. Outras duas mudanças aumentariam a agressividade. A queda valerá ponto para quem a aplicar e o sistema de pontuação também será alterado: vantagem de até cinco toques vale a vitória por um ponto no assalto, por até dez toques, dois, e por mais de dez toques, três. Em comunicado a seus associados, a entidade informou que os três itens são estudados. A proposta de mudanças surgiu após o impeachment do ex-presidente Anwar Chowdry, sob acusação de corrupção, e sua substituição por Cing-Kuo Wu. Integrantes da nova diretoria mantêm estreita ligação com o profissionalismo.