O sonho de jogar ao lado dos melhores do mundo em uma competição internacional parecia distante para os amantes do tênis. Uma iniciativa da Associação de Tênis dos Estados Unidos (Usta, na sigla em inglês) vai encurtar o caminho entre o lúdico e a realidade e colocará, frente a frente, amadores e profissionais no ProAm que irá anteceder o US Open. Trocar saques, voleios e smashs com a nata do tênis, no entanto, tem preço. E alto: US$ 8 mil. A quitação dessa quantia é o único pré-requisito exigido pela organização do campeonato para que praticantes comuns disputem partidas contra jogadores do calibre de Martina Navratilova, Guillermo Vilas e Pat Cash nas quadras de Flushing Meadows. São 12 vagas disponíveis. Serão selecionadas as primeiras pessoas que entrarem em contato pelo telefone 001 914 696 7223 e efetuarem o pagamento. O dinheiro arrecadado com as inscrições será destinado a projetos educacionais. Além das duas horas de jogo no maior complexo de tênis do mundo, os participantes terão o direito de se hospedar no mesmo hotel que profissionais e receberão a mesma credencial dos jogadores, com acesso às áreas reservadas. ?Montamos um esquema para fazer com que os participantes sintam de verdade o que é jogar um Grand Slam?, disse Ellen Del Colle, diretora executiva da Fundação Usta e organizadora do ProAm, à revista Exame. O torneio será disputado em duplas e as partidas serão finalizadas quando a primeira atingir quatro games vencidos. Todos vão jogar contra todos e os dois melhores amadores irão para a final com os ganhadores do grupo profissional. Após a disputa, os competidores ficarão liberados para um almoço no restaurante exclusivo dos atletas da Associação de Tenistas Profissionais (ATP). Muito comum no golfe, a organização de ProAm”s ganha força no tênis. Apesar dos torneios serem disputados já há alguns anos, a realização dessa edição em pleno US Open deve impulsionar ainda mais a prática, antes restrita a competições menores formatadas para agradar patrocinadores.