Além de anunciar oficialmente a parceria para a realização dos X Games Brasil, a coletiva realizada na tarde da última quarta-feira serviu para a prefeitura de São Paulo fazer promessas. Segundo o secretário municipal de esportes de São Paulo, Walter Feldman, investimentos serão feitos para que o legado deixado pela competição permaneça e que o evento não seja passageiro, mas deixe marcas. Justamente pensando nisso, o secretário citou o projeto que já existe para a construção de um Estádio Municipal dos Esportes Radicais, onde o skate seria a principal atração. Para construí-lo, o investimento de R$ 30 milhões já foi disponibilizado pelo prefeito da cidade, Gilberto Kassab, mas o local ideal para a construção ainda não foi encontrado. “Esporte é um investimento poderoso, que encanta a cidade. Investir em criança, na juventude. Tudo isso é muito importante para, além de divertir, livrar os que estão crescendo do mau caminho”, diz Feldman. Outra idéia da prefeitura é usar ídolos para tirar jovens da rua, da criminalidade e das drogas. No caso dos X Games, Sandro Dias, o mineirinho, é o mais indicado. Muito aclamado durante a coletiva e com muito bom humor, o skatista distribui skates para Feldman e para o presidente da SP Turis, Caio Luiz de Carvalho. “Temos que usar um ídolo para ser referência social, onde a criança possa encontrar um novo rumo para a vida, deixando de lado a rua, a droga, a criminalidade, encontrando no esporte um novo rumo”, explica o secretário. E é desse jeito, apostando no ídolo e nos investimentos posteriores aos jogos que a prefeitura espera conseguir fazer a prática de esportes radicais aumentar em São Paulo. Já são 15 escolinhas de skate, com o nome de Sampa Skate, além de possíveis acordos que podem aumentar o número para 30 ainda neste ano. Além disso, todos os Centros Educacionais Unificados (CEU) têm pista de skate e eventos com o esporte radical como principal atração têm sido feitos no Autódromo de Interlagos, no Museu do Ipiranga, no Cancioneiro, e em outras localidades da cidade. “Já temos as pistas nos CÉUs, os programas feitos em vários locais da cidade. O que não pode é investir na construção do espaço e deixar parado. Tem que criar a pista e criar o programa para que ela seja usada corretamente e seja, realmente, um espaço utilizável para a população”, finaliza Feldman.