Depois de passar os últimos dois meses negando boatos sobre a possível venda do Newcastle, Mike Ashley, proprietário do clube, admitiu estar negociando sua propriedade. Segundo o empresário, a pressão da torcida tornou-se insuportável. ?Hoje eu sou um pai que não pode levar os filhos a um jogo de futebol porque sei da ira dos fãs. Eu não estou pronto para enfrentar esse tipo de situação. Por isso estou colocando o clube à venda?, disse o dirigente, em carta publicada pelo site oficial do Newcastle. O grande problema é a quantidade de dívidas da agremiação, que gira em torno de 100 milhões de libras (R$ 305,7 mi). No fim da última temporada, Ashley ainda acreditava que poderia livrar-se do montante com o dinheiro da venda de jogadores, mas arrecadou apenas 27 mi de libras (R$ 82,5 mi) com as saídas de Peter Ramage, Emre Belozoglu e Abdoulaye Faye. Mesmo com as dificuldades, Ashley nunca mostrou, ao menos publicamente, intenção de negociar o Newcastle, chegando a dizer, certa vez, que acreditava que o clube era um ?diamante a ser lapidado? na Premier League. Paralelamente a isso, surgiam na imprensa boatos de que o grupo indiano de comunicações Reliance e até membros da família Bin Laden estariam negociando a compra da agremiação histórica. O fator preponderante para a decisão, porém, parece ter sido a pressão da torcida, que não aceita o empresário no comando do clube desde que ele demitiu Kevin Keegan do cargo de manager, no início de 2008.