Ramón Calderón não é mais o presidente do Real Madrid. O dirigente renunciou ao cargo na manhã desta sexta-feira, após duas horas de reunião com a junta diretiva do clube merengue. A decisão é consequência das denúncias de fraude em uma assembléia onde foram aprovadas as contas da agremiação feitas pelo diário ?Marca? na última semana. Segundo o jornal espanhol, pessoas não autorizadas compareceram ao encontro, realizado em 7 de dezembro, e mudaram as votações em favor da atual direção madrilena. Logo depois da revelação, Calderón convocou a imprensa e disse que dois funcionários do Real Madrid envolvidos na organização da assembléia haviam renunciado, mas afirmou que permaneceria no cargo até 2010, quando terminaria seu mandato. A única ressalva feita pelo dirigente na ocasião foi revelar que, provavelmente, não se candidataria à reeleição. O dirigente, no entanto, não resistiu ao esc”ndalo e ainda na última quinta-feira comunicou sua saída do clube ao ex-jogador Pedja Mijatovic, atual diretor esportivo do Real Madrid, que lhe pediu para repensar a decisão. Com a renúncia de Calderón, o vice-presidente do Real Madrid, Vicente Boluda, deverá assumir interinamente o comando e convocar novas eleições para o mês de julho. Aos 57 anos, Calderón deixa o clube após duas temporadas como presidente. Antes, o espanhol havia trabalho como dirigente na gestão de Florentino Pérez, responsável pela era ?galáctica? do Real Madrid.