Acusado como principal culpado pelo arquivamento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Corinthians/MSI, Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se recusou a comentar o assunto neta sexta-feira, no Rio de Janeiro. “Qual CPI? A do deputado federal que está sendo cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo? Sobre essa eu não falo”, ironizou o dirigente, depois de demonstrar certa irritação com a pergunta. O ataque foi direcionado ao deputado Silvio Torres (PSDB-SP), um dos articuladores da CPMI ao lado do senador Álvaro Dias (PSDB-PR). O político foi investigado pelo tribunal, que questionou as contas de sua campanha. Até o momento o caso não foi fechado. Torres é desafeto antigo do presidente da CBF, principalmente desde o ano 2000, quando foi o relator da CPI da CBF-Nike, que investigou os contratos da entidade que rege o futebol nacional. O deputado chegou a produzir um livro sobre os crimes encontrados na gestão da CBF durante as investigações, mas acabou vendo o exemplar ser tirado das livrarias após vitória na Justiça de Teixeira. O deputado afirma que Teixeira seria o responsável pelo arquivamento. Segundo ele, o dirigente teria usado a Copa de 2014, no Brasil, como argumento para parlamentares desistirem do apoio à investigação. Alguns deputados chegaram a confirmar durante a semana, em entrevistas a diversos meios de comunicação, que haviam desistido da CPI após conversa com governadores que temiam perder o direito de abrigar jogos do Brasil na Copa se a CPI fosse aprovada. Na última quinta-feira a CPMI proposta por Torres e Dias não foi aprovada por faltarem apenas três assinaturas de deputados.