A candidatura do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 é a mais cara já promovida pelo Brasil. Segundo a edição desta segunda-feira do jornal ?Folha de S.Paulo?, o governo federal irá investir mais de R$ 100 milhões na postulação da cidade, sendo que R$ 80 milhões foram injetados neste ano. Apenas em salários, o projeto consome cerca de R$ 450 mil mensais dos cofres públicos. O dinheiro é destinado aos 46 funcionários que já trabalham na candidatura carioca. Ainda há outros 22 profissionais à disposição do comitê, mas alguns, como o secretário-geral Carlos Roberto Osório, não são remunerados. Na comissão de candidatura, ainda de acordo com a ?Folha?, existem outros gastos, com manutenção e tecnologia, por exemplo. Todas as despesas serão bancadas pela União, Prefeitura do Rio de Janeiro e setor privado, diz o Ministério do Esporte. Mas até agora a previsão é de que os maiores aportes sejam de responsabilidade do governo federal. Só para os pagamentos dos funcionários a União liberou R$ 877 mil para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) em um convênio datado de agosto deste ano. O comitê entrou com uma contrapartida de R$ 13,4 mil. O montante é de R$ 890 mil, fora os encargos com direitos trabalhistas, que acrescentam 70% à folha salarial. A média dos vencimentos mensais dos funcionários ligados ao projeto olímpico é de R$ 5,7 mil, conforme o cálculo do jornal. O grupo ainda deve ser ampliado nos próximos meses, que serão definitivos para as pretensões do Rio. A cidade vencedora será anunciada em outubro do ano que vem. Além do Rio, estão na disputa Chicago (Estados Unidos), Madri (Espanha) e Tóquio (Japão). O país tentou sediar os Jogos nas edições de 2000 (Sydney foi a escolhida), 2004 (Atenas) e 2012 (Londres).