A candidatura do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016 gastará R$ 46 milhões em consultorias, segundo informa a edição desta quarta-feira da “Folha de S.Paulo”. Não haverá licitações para definir as empresas parceiras do projeto olímpico carioca. A maior parte desse montante, que representa 35% da estimativa de gasto atual (R$ 131,5 milhões), será bancada pelo Governo Federal. A União gastará R$ 25 milhões, enquanto que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) destinará R$ 21 milhões para os consultores. De acordo com a ?Folha?, a suíça Events Knowledge Services (EKS) foi contratada, sem concorrência, para responder ao questionário da primeira fase do Comitê Olímpico Internacional (COI). O valor pago à época foi de R$ 3,5 milhões. A mesma empresa fará a supervisão final do dossiê que será entregue à entidade em fevereiro de 2009 por R$ 10,8 milhões. O planejamento da postulação do Rio também ficará a cargo da EKS. O Ministério do Esporte irá repassar outros R$ 7,2 milhões ao COB para contratar especialistas internacionais sobre finanças, marketing e Vila Olímpica, entre outros temas. Os nomes dos analistas não foram revelados. A pasta de Orlando Silva também já firmou parcerias com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e Fundação Instituto de Administração, ligada à Universidade de São Paulo (USP), para estudos referentes à viabilidade das instalações esportivas propostas no dossiê e apoio ao gerenciamento das ações do Governo na candidatura. As instituições receberão R$ 12 milhões e R$ 13 milhões, respectivamente. Todas essas empresas já tinham sido contratadas para os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Em abril de 2001, a FGV orçou oevento em R$ 650 milhões. O Pan custou R$ 3,7 bilhões.