O Riocentro, sede de provas de 11 modalidades dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, pode ser cortado do programa da competição, segundo informou o diário “Lance!” nesta quinta-feira. A decisão pode ser motivada pelas investigações da CPI do Riocentro, criada para analisar o processo de licitação do local. De acordo com o jornal, indícios de irregularidades levam a C”mara dos Vereadores a cogitar a anulação da concessão dada pela Prefeitura à empresa GL Events. Ao todo, o maior centro de exposições e feiras da América Latina teve cinco processos licitatórios. Os três primeiros não atenderam às exigências do Tribunal de Contas do Município, enquanto o quarto não teve nenhuma empresa interessada. O quinto contou apenas com a participação da GL, cujo capital inicial está estimado em R$ 120, o que constitui uma possível irregularidade para os investigadores. Segundo o “Lance!”, a comissão pediu a quebra do sigilo telefônico de Francisco de Almeida e Silva, secretário municipal da Fazenda, e solicitou ajuda à Polícia Federal para saber se ele viajou para a França no período da licitação, já que a GL Events é uma empresa francesa. “Estamos apurando. Não podemos acobertar tudo em nome do Pan. Se preciso, pediremos a anulação”, afirmou o vereador ao jornal, destacando que os indícios de irregularidades são fortes. O Riocentro vai sediar as competições de badminton, boxe, esgrima, ginástica rítmica, trampolim acrobático, handebol, judô, levantamento de peso, lutas, taekwondo e tênis de mesa. Além disso, vai abrigar o Centro Internacional de Transmissões (International Broadcasting Center – IBC) e o Centro de Imprensa Principal (Main Press Center – MPC).