A ameça de um processo de Romário não assusta o Vasco e a Reebok. Insatisfeito com a venda supostamente irregular de camisas alusivas ao seu milésimo gol em 2008, o ex-atacante está acenando com a possibilidade de uma ação judicial, que é refutada pelos possíveis réus. ?Se existe um problema de pagamento de royalties, ele tem de ser resolvido entre o Vasco e o Romário. Nós mandamos todo mês o valor relativo aos royalties para o clube, inclusive discriminando a origem desse dinheiro?, disse Tullio Formicola, diretor de marketing da Reebok. ?Nós não temos os contratos de imagem da última gestão conosco, temos de procurar. Mas posso adiantar que já tivemos uma reunião com o Romário há cerca de um mês e ele não passou nada sobre isso para a gente. Nossa relação com ele é ótima, e eu não acredito que vamos ter nenhum problema nesse sentido?, disse Luiz América, vice-presidente jurídico do Vasco. O problema, segundo o ex-jogador e seu advogado Norval Valério, estaria no texto do contrato de cessão de direitos de imagem de Romário para o Vasco. A venda das peças promocionais não estaria incluída, o que tornaria a operação irregular. ?O Romário não autorizou a venda daquela camisa especial do gol mil. Ele tinha contrato de imagem com o clube, mas no acordo não contava a comercialização dessas peças. Se ele não receber o que lhe é de direito, vamos entrar com ação de uso indevido da imagem?, disse Valério, em entrevista ao ?Globoesporte.com?. O imbróglio, porém, já tem data marcada para ser esclarecido. Segundo Luiz Américo, o Vasco, que negocia uma confissão de dívida assinada pela gestão anterior com o ex-jogador, já tem uma reunião marcada com Romário, e a questão das camisas especiais deve ser discutida nesse encontro.