“Dependerá também daquele presidente entender que não é sua seleção. A seleção brasileira é do povo”. Foi assim que o atacante Ronaldo respondeu sobre uma possível volta ao escrete nacional e, indiretamente, rebateu as acusações feitas por Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), sobre o comportamento dos jogadores durante a Copa da Alemanha de 2006. Irritado com as declarações, o atacante brasileiro, atualmente defendendo o Milan, da Itália, disparou contra a gestão “centralizadora” do dirigente e colocou em dúvida a liberdade de escolha dos treinadores. Apesar dos problemas, Ronaldo disse que sempre esteve disponível para atuar pelo Brasil e que voltará à equipe “se o povo brasileiro quiser”. Em entrevista concedida ao jornal “O Estado de S.Paulo” na semana passada, Teixeira disse que alguns atletas chegavam à concentração por volta das 6h, bêbados. Além disso, criticou a falta de comando do então técnico Carlos Alberto Parreira que, segundo ele, não tinha pulso firme para controlar seus jogadores. O sobrepeso de Ronaldo também foi alvo do ataque do dirigente: “Como é que um atleta pode chegar a uma Copa pesando 98 quilos? Eu tenho quase isso e não sou atleta”, afirmou ao diário.