O São Paulo lançou na noite da última segunda-feira a primeira linha de produtos em parceria com a Warner Bros. Consumer Products. Porém, mais do que apresentar os produtos relacionados aos inúmeros personagens da empresa, o evento também carimbou definitivamente a ida do clube paulista para o mercado japonês. A presença em solo asiático em três oportunidades (1992, 1993, 2005), por conta do Mundial de Clubes, deu certo e cativou muitos fãs orientais. Cientes de que a semente já havia sido plantada, a própria empresa norte-americana traçou os planos para a investida no Japão. “Além do Brasil, o contrato prevê a venda em mais um país, que será o Japão. Foram eles [Warner] que nos alertaram. Eles disseram: vocês não têm idéia do que são lá fora, mas nós temos e vamos explorar isso”, revelou Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo. Ainda segundo o dirigente, a escolha feita pela Warner foi resultado de uma pesquisa ampla que indicou que o São Paulo é o time que tem maior crescimento de torcida, melhor distribuição de faixa etária, além de o melhor poder aquisitivo entre os quatro grandes do estado. Mesmo assim, a linha desenvolvida pela parceira pretende contemplar a todos. “Os produtos lançados pela Warner vão atingir todo o tipo de público. Queremos vender produtos nos bairros nobres e nas favelas, para classe A até a E, para criança, adulto e até para mulheres. Teremos aquele produto de R$ 5 e o de R$ 1,5 mil. Desde um cadeado até uma churrasqueira portátil”, explicou Marcos Bandeira, gerente geral para o Brasil da Warner Bros. Consumer Products. Na loja montada na área externa da apresentação, porém, um dos produtos mais baratos que eram comercializados era uma camisa de algodão com o símbolo do clube, que custava R$ 29,90. O personagem Taz com a camisa do time era oferecido por “módicos” R$ 169,90. Para lançar os itens, a equipe usou, além dos personagens de sua parceira, o meia Carlos Alberto como garoto-propaganda. Em um desfile em uma passarela, o São Paulo mostrou alguns dos 250 produtos feitos por meio do contrato com a Warner, que tem duração de 42 meses, dos quais 12 já foram cumpridos. Durante a parceria, o clube ganhará, além das luvas já estipuladas em R$ 2,9 milhões, 50% de toda a receita que for arrecadada com a comercialização que a empresa fará com os produtos oficiais do clube. Segundo Bandeira, “há uma grande expectativa de ganho, mas que não será divulgada”. Essa é a primeira e única linha que a parceria deve gerar. Nela, pode-se encontrar produtos como camisetas, churrasqueiras, abridores de garrafa, xícara, talheres, tapetes e até extrato de tomate. Ainda de acordo com o executivo a Warner, a tendência é ampliar a coleção atual e não criar um novo projeto. Sem muitos holofotes e atenção por parte do clube, um calçado da marca Crocs também foi lançado especialmente para os torcedores da equipe. Além de cativar os torcedores no Japão, o diretor de marketing do São Paulo, Julio Casares, destacou as ações que estão sendo realizadas em solo brasileiro com o mesmo objetivo. Além do já conhecido “Batismo Tricolor”, que “credencia” cerca de 30 novos torcedores por fim de semana, a equipe tem uma loja móvel, que segue o clube para as cidades em que aconteçam jogos, e em breve deve incrementar o seu próprio estádio. “Dentro de dois meses devemos ter o bar temático no Morumbi. Está em desenvolvimento, na verdade, em fase de conclusão. Queremos aproveitar ainda os jogos da Copa Libertadores para fazer a estréia do nosso novo espaço”, concluiu Casares.