Depois de ter o seu maior crescimento nos últimos seis anos em 2006, motivado principalmente pela realização da Copa do Mundo da Alemanha, a zona do euro não repetirá o mesmo desempenho em 2007, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). As projeções traçadas pelo fundo em seu último relatório semestral apontam que, em 2007, a zona do euro cresceria 2,3%, contra 2% no estudo precedente. Mesmo assim, esse ritmo é inferior aos 2,6% registrados em 2006. De acordo com o FMI, o ritmo acelerado de crescimento no ano passado aconteceu por conta de uma forte demanda interna, melhoras no mercado de trabalho e “fatores excepcionais” como a Copa do Mundo, que foi responsável por um grande aumento do consumo na Alemanha. Em seu país anfitrião, a Copa do Mundo foi responsável por uma movimentação de US$ 720 milhões (R$ 1,47 bilhão), o que representa um total de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha. Além disso, foram investidos um total de 2,2 bilhões de euros (R$ 6,05 bilhões) entre construções de estádios e reformas nas cidades que abrigaram os jogos. Esse volume de investimentos, que motivou o aquecimento da zona euro no último ano, também contribuiu para um crescimento da economia alemã de 1,7%, contra 0,8% em 2005. Além disso, apenas por conta do Mundial, foram gerados mais de 60 mil empregos relacionados à organização do evento. Em quase toda zona euro, o nível de desemprego caiu para 7,6% no fim de 2006, o que representou o nível mais baixo dos últimos 15 anos. Mesmo que o “boom” provocado pela Copa do Mundo já não reflita com tanta intensidade na economia da zona euro, ele ainda deixará vestígios por alguns anos na Alemanha. A expectativa é que, apenas com o turismo, a economia doméstica alemã terá um incremento de 8 milhões de euros (R$ 22 milhões) até 2010.