A pouco mais de 50 dias para o seu início, a Série B ainda aguarda as definições comerciais do seu principal participante deste ano para iniciar a sua própria organização. Com o imbróglio em torno da transmissão dos jogos, criado a partir da insatisfação do Corinthians com os valores, a FBA ainda não conseguiu formalizar boa parte dos patrocínios para a temporada. ?Nós ainda não sabemos se teremos jogos na Globo ou na Rede TV! e se as partidas serão televisionadas nas terças, sextas ou sábados de tarde. Estamos aguardando essa definição com o Corinthians para colocarmos o nosso bloco na rua?, afirmou José Neves Filho, presidente da FBA, entidade responsável pela gestão da Série B. Com a redução da cota paga pelo Clube dos 13 para cerca de R$ 11 milhões, o Corinthians pretende impulsionar seus ganhos com a transmissão da Série B. Apesar de a Rede TV! ter fechado acordo com boa parte dos participantes, o clube paulista mira um acordo com a Globo que pode chegar a R$ 20 milhões. ?Esse é um assunto muito complicado, pois envolve diversas outras questões. Então eu não posso te dizer quando nós vamos fechar isso?, disse André Sanchez, presidente do Corinthians. Mesmo sem estipular um prazo, a FBA torce para que um acerto por parte do Corinthians aconteça até a próxima semana, e de preferência com a Globo. Segundo o presidente da entidade, a exposição na emissora carioca pode elevar em até 50% os contratos publicitários, enquanto esse aumento deve girar em torno de 20% com a Rede TV!. Entre os acordos comerciais que estão em espera por conta dessa questão está o com a Schincariol. A empresa paulista já apresentou proposta para ser a fornecedora oficial de bebidas em todos os estádios utilizados em jogos da Série B, com exceção do Corinthians, e ter placas de publicidade estática. A FBA aguarda a definição da TV para tentar negociar valores melhores. ?Algumas propostas já foram feitas, mas não temos nada formalizado e nem teremos enquanto a definição sobre a transmissão não sair. Estamos esperando apenas esse anúncio para passarmos a caneta nos contratos?, finalizou Neves Filho.