“Show” no intervalo vira febre no Pan

Os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro têm feito com que os intervalos das partidas se transformem num show de entretenimento com o público presente às arenas. Na última semana do Pan, a festa com os torcedores quando não há evento tem se tornado um evento tão ou mais interessante do que a própria competição. Com música, coreografias e, claro, distribuição de brindes, os animadores do público vão, aos poucos, aplicando o modelo americano de usar o esporte como espetáculo de entretenimento, especialmente quando o atleta não está em atividade. No Rio, a organização do Pan contratou uma empresa para ser responsável pela animação da platéia antes, durante e depois dos eventos. O Grupo Entreter, contratado pelo Co-Rio, tem trabalhado para que o torcedor permaneça nos ginásios e, desde os incidentes de vaias a competidores e briga entre delegações, promover a paz no esporte. Na última terça-feira, no intervalo do jogo entre Brasil e Cuba, pelo futsal, no complexo do Riocentro, os animadores de público ficaram, durante oito minutos, distribuindo brindes e incentivando o torcedor a se abraçarem e zelarem pelo espetáculo. Com um profissional fantasiado e portando um cano de pressão, os animadores fazem brincadeiras para levantar a torcida e jogam brindes para os mais eufóricos. Em todas as competições, a ?ola? feita em c”mera lenta, ao som do Bolero de Ravel, tem levado o público e as emissoras de televisão ao delírio. Mas, após a briga no handebol entre brasileiros e argentinos, e no judô, com os cubanos, a ?propaganda da paz? dentro dos eventos ficou ainda maior. ?O esporte é feito para unir os povos. É um momento de alegria, descontração, união. É assim que temos de ver toda a platéia aqui presente?, afirmava o locutor durante o Brasil x Cuba do futsal.

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