Maior liderança do esporte nas Américas ao lado de Cuba, a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) estaria à frente de um golpe contra a União Pan-Americana de Judô (UPJ), de acordo com o site ?UOL Esporte?. Insatisfeito com os trabalhos da entidade continental, Paulo Wanderley Teixeira, presidente do órgão nacional, lideraria a criação de uma associação paralela, que assumiria as funções da UPJ. De acordo com o mandatário da CBJ, a iniciativa tem o apoio de 22 dos 42 países filiados à União Pan-Americana de Judô, entre eles Cuba, Estados Unidos, Argentina e Canadá. Além disso, a Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa) e a Federação Internacional de Judô (FIJ) também estariam apoiando o golpe. Oficialmente, porém, nem todos os dirigentes envolvidos admitem participação no ato. Ainda de acordo com o ?UOL Esporte?, Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro e vice-presidente da Odepa, teria negado ter conhecimento do assunto por meio de sua assessoria de imprensa, assim como Vincent Grifo, presidente da entidade máxima do judô canadense. Até agora, o único dirigente que veio a público apoiar as declarações de Paulo Wanderley foi Manuel Larrañaga, mandatário da Federação Mexicana de Judô, que defendeu a necessidade de uma entidade paralela, que se chamaria Confederação Pan-Americana de Judô, e apontou o brasileiro como principal nome para o comando do possível novo órgão. O grande motivo da insatisfação entre as partes é a eleição para os principais cargos da UPJ, que teria sido realizada às pressas em outubro, quando estava prevista para dezembro. O pleito reelegeu o dominicano Jaime Casanova com 19 votos, contra um de Paulo Wanderley Teixeira, que não era candidato oficial. ?Aconteceram uma série de desrespeitos às normas da própria UPJ e da FIJ. A eleição foi realizada fora do prazo e nem a própria FIJ reconheceu. Por isso, nem me candidatei e ainda recebi um voto. Só estamos tomando essa atitude como última inst”ncia?, disse o presidente da CBJ, em entrevista ao ?UOL Esporte?. O racha é confirmado pela criação de dois torneios distintos. Os países alinhados com Casanova devem viajar, neste fim de semana, à República Dominicana, para a disputa do Campeonato Pan-Americano infanto-juvenil e pré-juvenil. Enquanto isso, os ?dissidentes? irão ao México para o Campeonato Continental das mesmas categorias.