As novas camisas do Corinthians foram lançadas oficialmente há menos de um dia. Mesmo assim, os boatos pulverizados de que parte da torcida não teria gostado do segundo uniforme ganharam força, e uma mudança no logo do patrocinador chegou a ser cogitada. Mais vendida que a titular, a camisa preta com o símbolo da Medial Saúde inscrito em um ret”ngulo branco pode não ser unanimidade, mas vai continuar intacta, segundo Luiz Paulo Rosemberg, vice-presidente de marketing do clube. ?Qualquer iniciativa que mexa com 34 milhões de pessoas, a não ser que seja extremamente trivial, vai gerar rejeição. Ainda mais quando se trata de Corinthians, que é movido a paixão. A preta tá ganhando da branca, então não temos assunto. Se eu fizer uma enquete e 90% desaprovar, ela está morta. Caso contrário eu continuo com ela?, disse o dirigente, em entrevista exclusiva à Máquina do Esporte. O principal alicerce do Corinthians para a tomada de postura é a falta de unidade do ?protesto?. Desde a última segunda-feira, quando a Nike divulgou as primeiras imagens do uniforme, ex-jogadores e alguns torcedores, de forma desorganizada, vêm demonstrando sua insatisfação com segunda camisa, por entender que o excesso de branco na parte da frente não condiz com a tradição. Grande parte do público, porém, não concorda com a avaliação. Na pré-venda realizada pela loja oficial do clube na internet, o uniforme preto foi três vezes mais procurado que o titular. ?Quem não gosta verbaliza e quem gosta diz que está legal. Apesar do branco, a camisa caiu no gosto do povo. Estamos discutindo a tradição dentro do estético, o que é complicado. Mas graças a Deus tem discussão?, avaliou Rosemberg. A situação não é inédita dentro do Corinthians, que já viveu momento semelhante no primeiro semestre. Um dos trunfos da atual gestão do marketing, a camisa roxa foi alvo de protestos da torcida e quase não foi utilizada pelo time profissional por isso, mas é sucesso nas lojas desde seu lançamento.