A demissão do técnico no meio de um trabalho, prática pouco difundida na Europa, custou caro ao Chelsea nos últimos anos. Nesta sexta-feira, o clube anunciou uma dívida de 65,7 milhões de libras (R$ 213 milhões), que carrega 23 milhões de libras (R$ 74,6 milhões) apenas em débitos com treinadores demitidos. O valor foi revelado pelo clube um dia depois de a Deloitte Money League, pesquisa da empresa de consultoria brit”nica, apontar o Chelsea como o quinto mais rico do mundo. A boa colocação, no entanto, não retrata o momento financeiro delicado que vive a agremiação comandada pelo russo Roman Abramovich. Quarto na aferição feita no ano passado, o Chelsea sofreu uma redução de mais de 10 milhões de euros (R$ 29,1 mi) nas suas receitas. O clube passou de 283 milhões de euros (R$ 824 mi) em 2008 para 268,9 milhões de euros (R$ 783 mi) nesse ano. O rombo, no entanto, deve ser ainda maior, já que a Deloitte leva em conta apenas o ano fiscal 2007/08, período anterior ao agravamento da crise financeira mundial. Além disso, a dívida divulgada pelo Chelsea nesta sexta ainda não inclui a fortuna a ser paga a Luiz Felipe Scolari, técnico brasileiro que o clube demitiu no início da semana. Apesar de ter direito a cerca de 15,3 milhões de libras (R$ 50 mi) pelos dois anos e meio de contrato restantes, Felipão teria aceito receber 7,5 milhões de libras (R$ 24,3 mi). A expectativa dos dirigentes londrinos é que a venda de pelo menos um jogador do elenco no próximo período de transferência garanta o pagamento de parte das dívidas.