O bom filho à casa torna. O dito popular é o novo lema da Renault para repatriar o espanhol Fernando Alonso, bicampeão do mundo a bordo da escuderia em 2005 e 2006, e voltar ao topo da Fórmula 1. O ambicioso projeto conta com um aliado de peso: a Telefónica, ansiosa por recuperar o espaço perdido para a rival Vodafone. Segundo a revista alemã “Auto Motor und Sport”, a companhia estaria disposta a bancar o retorno do piloto à equipe comandada por Flávio Briatore. E, conseqüentemente, definir a sua própria volta à Renault. O investimento da companhia de telecomunicações giraria em torno de US$ 30 milhões (R$ 59 milhões) anuais, mesmo valor pago em sua passagem anterior pelo time francês. O suficiente para cobrir as despesas com os salários de Alonso, estimados em US$ 27 milhões (R$ 53 milhões). Os vencimentos milionários do piloto seriam o principal impedimento para sua contratação por outra escuderia. Tendo a Telefónica como articuladora do projeto, a Renault eliminaria essa preocupação. De acordo com a publicação, Briatore e Alonso devem se encontrar na Turquia, em setembro, para buscar uma lacuna no contrato, cuja validade vai até 2009, que possa liberar o espanhol da McLaren. Desgastado no time brit”nico, o piloto já deu a entender que não pretende dividir os holofotes por mais um ano com o estreante Lewis Hamilton, atual líder do campeonato. Os dois têm travado uma guerra nos bastidores que, provavelmente, irá culminar com a saída de Alonso. A BMW Sauber foi a primeira manifestar o desejo de contratá-lo. A entrada da Renault na briga pelo piloto, porém, deve esfriar as especulações envolvendo a equipe alemã. Além de contar com o talento de Alonso, as escuderias querem seu carisma publicitário. Quando anunciou sua transferência para a McLaren, o espanhol levou consigo os principais patrocinadores da equipe francesa. Para a Renault, a esperança é de que o fenômeno volte a acontecer, mas agora no caminho inverso.