Se o mercado acordou para o tênis brasileiro com a ascensão de Gustavo Kuerten, na metade final da década de 1990, ele esmoreceu logo após o declínio do astro. Depois de anos de entressafra, porém, os patrocinadores, empolgados com os resultados recentes, despertaram novamente, e agora turbinam as atuações de nomes como Marcelo Melo, André Sá e Thomaz Bellucci. ?Na época do Guga era um momento muito bom. Só que aí quando ele começou a cair ele teve esse vão, e até os resultados melhorarem foi uma época difícil. Hoje dá para dizer que está muito parecido com aquela época?, disse Marcelo Melo, que se destaca nas duplas com André Sá e tem patrocínio da rede de lojas Centauro. A oferta é tanta que Thomaz Bellucci, considerado um investimento de primeira linha por agências de marketing esportivo como a IMG, conta com uma gestora da parte comercial de sua carreira. Acertada com a promessa desde o fim do ano passado, a Koch Tavares conseguiu o apoio de Topper e banco Votorantim, e acredita que essa parceria é fundamental para o sucesso do tenista. ?A gente agencia, orienta e fazemos todo o planejamento para ele. O momento é de aceitação do mercado. O Thomaz foi bem aceito desde que a gente fechou com ele?, disse Roberto Marcher, responsável por Bellucci na Koch Tavares, que está prestes a acertar um acordo com a Wilson internacional para fornecimento de raquetes. O resultado desse trabalho é uma exposição considerável. Na última segunda-feira, por exemplo, o tenista ?ganhou? uma linha de produtos e uma vitrine especial da Topper na loja Bayard do shopping Ibirapuera, em São Paulo. A crise financeira, no entanto, pode reduzir essa ampliação do tênis. ?Essa instabilidade é complicada. Quando está faltando dinheiro, as pessoas têm outras prioridades, deixam de comprar raquetes. E como que a Wilson vai patrocinar a gente nesse panorama??, concluiu Marcher.