Após o esc”ndalo que envolveu o russo Nikolay Davydenko em um possível caso de apostas, outros dois jogadores confirmaram que as tentativas de suborno são freqüentes no circuito da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Recém-aposentado, o inglês Tim Henman admitiu no início da semana que esse tipo de proposta faz parte do esporte. Nesta terça-feira, foi a vez do assessor de Novak Djokovic, número 3 do mundo, revelar ao jornal “The Sun” a oferta de cerca de R$ 415 mil para entregar um jogo no torneio de São Petersburgo, que acontecerá no próximo mês de outubro. O tenista sérvio, porém, recusou o valor e informou que sequer irá disputar a competição. Em agosto, Davydenko abandonou, inesperadamente, a partida contra o argentino Martin Vassallo Arguello, número 87 do ranking, no torneio de Sopot, na Polônia. O duelo levantou suspeitas porque a casa Betfair registrou um volume de apostas dez vezes acima do normal. Em uma decisão inédita, a empresa anulou os US$ 7 milhões (cerca de R$ 14 milhões) apostados no jogo por suspeita de atividades irregulares. Pouco tempo depois, o norte-americano Bob Bryan, que lidera o ranking de duplas ao lado do irmão Mike Bryan, confirmou o assédio constante de apostadores aos atletas. Na ocasião, o jogador disse que vários tenistas estavam recebendo ligações anônimas para fazê-los mudar o resultado dos jogos em troca de dinheiro.