A popularidade dos clubes irá definir os repasses da Timemania a partir de 2010, quando serão destinadas novas cotas às equipes participantes. O alerta foi feito pela Caixa Econômica Federal no seminário organizado pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo, na última terça-feira, que discutiu as principais características da loteria. As informações são da “Folha de S.Paulo”. “A partir de 2010, a quantidade de vezes que uma equipe aparecer nas apostas definirá em que grupo de remuneração ele aparecerá”, disse Paulo Toncovitch, manager do setor de loterias da CEF, durante a palestra. Os grupos 1, 2 e 3 – que atualmente são definidos de acordo com a divisão em que os clubes atuam – passarão a ter o volume de apostas como principal critério de separação. Conseqüentemente, o montante destinado a essas equipes também sofrerá alterações. No ano que vem, quando a Timemania começará a vigorar, os clubes da Série A vão ficar com 65% da arrecadação. Na Série B, esse número cai para 25%, enquanto que as 40 equipes que ficam no terceiro grupo dividem 8%. Apesar da import”ncia do tema, poucos clubes mandaram representantes ao evento da FGV-SP. Entre os que compareceram estavam membros de Figueirense e Paulista, além do presidente do Sindicato dos Clubes, Mustafá Contursi. “Seria bom que os clubes que estão aqui hoje [ontem] repassassem as informações aos seus colegas. Os clubes são sócios na Timemania, seria bom que trabalhassem o marketing”, afirmou Toncovitch, convocando maior participação dos clubes. “Quando ficamos sabendo que essa seria a regra, ficamos surpresos. Achávamos que os dois primeiros grupos seriam sempre formados por times das séries A e B. Mas, já que não será assim, temos de trabalhar de acordo com as regras”, lamentou João Gonçalves Filho, vice financeiro do Figueirense, à “Folha”. A Timemania é uma loteria criada pelo governo federal com o objetivo de injetar nova receita nos clubes de futebol. Com funcionamento semelhante ao da Mega Sena, a loteria utilizará os brasões dos clubes no lugar dos números. Em troca da cedência de suas marcas, os clubes receberão 22% da arrecadação da loteria e destinarão os valores para quitarem dívidas com a União em FGTS, INSS e Receita Federal.