A menos de dois meses do início dos Jogos Olímpicos de Pequim, a euforia habitual entre os patrocinadores deu lugar à comoção. O terremoto ocorrido no dia 12 de maio na província chinesa de Sichuan ? que deixou mais de 69 mil mortos ? mudou a postura dos parceiros do evento e transformou a busca por exposição em solidariedade. As informações são do “Meio & Mensagem” Com ações solidárias, Coca-Cola e McDonald?s conseguiram até reverter a desconfortável posição em que se encontravam antes dos tremores. A dupla era o principal alvo de manifestantes de direitos humanos contrários à política ?tolerante? das empresas em relação à situação no Sudão. A marca de bebidas doou mais de US$ 3 milhões à região afetada, além de outros 5,7 milhões de garrafas d?agua. O McDonald?s, por sua vez, serviu 17 mil refeições por dia para as vítimas do terremoto e pessoas ligadas aos trabalhos de resgate. Lenovo e Samsung, outras companhias atreladas aos Jogos, também lideraram campanhas de doação de sangue e prometem ajudar na reconstrução de escolas e outros locais públicos de Sichuan. ?É muito interessante como a mensagem do evento se transformou de um desagradável orgulho-vitorioso para um morno ? mas determinado ? apelo pela compaixão e unidade nacional?, afirma Tom Doctoroff, presidente da JWT da China. Nesta segunda-feira, mais um terremoto sacudiu o país. Dessa vez, a província atingida foi pouco povoada Qinghai, Não há informações sobre feridos, mas existe o temor de que o lago artificial formado com o primeiro abalo sísmico, que ameaça mais 1,3 milhão de pessoas, possa ceder e inundar toda a região. Em meio à tragédia, até o slogan do revezamento da tocha olímpica foi alterado. O antigo ?Coloque fogo na paixão, espalhe o sonho? foi substituído pela mensagem ?Espalhe a chama sagrada, propague o amor de quem cuida?.