O Tribunal de Grande Inst”ncia (TGI) de Paris, na França, marcou para esta quarta-feira a audiência mais aguardada por todos que acompanham a Fórmula 1. O evento será realizado às 9h (de Brasília), e a meta é encontrar solução conciliatória para o confronto entre equipe e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA). O grupo das escuderias que se insurgiram contra a entidade é liderado pela Ferrari, mas também conta com Renault, Toyota e Red Bull, entre outras. O motivo de discussão é o regulamento para a próxima temporada da Fórmula 1, que institui um teto orçamentário para cada equipe. A Fifa determinou um limite de 45 milhões de euros (R$ 100 milhões) para o orçamento anual de cada escuderia na Fórmula 1 a partir de 2010 – salários de pilotos e despesas de marketing não estão incluídos nessa conta. A meta é aumentar o equilíbrio entre os times e reduzir os impactos da situação econômica mundial sobre a categoria. Assim que a entidade anunciou esse teto de investimento, equipes começaram a demonstrar revolta. Ferrari, Renault, Toyota e Red Bull ameaçaram se retirar do grid se a decisão não for revista. A insatisfação é mais clara entre as equipes que investem mais. Segundo a Ferrari, por exemplo, seu orçamento é quase dez vezes maior do que o teto imposto pela FIA. ?Um corte de 80% a 90% é simplesmente impossível?, disse Emmanuel Gaillard, advogado da escuderia. Na última terça-feira, a Ferrari recorreu ao tribunal para tentar impedir que o regulamento proposto pela FIA seja levado adiante. Se a equipe obtiver sucesso, esse será mais um revés para a organização da Fórmula 1. A entidade já havia tentado alterar o sistema de pontuação para este ano e priorizar o número de vitórias, mas retrocedeu quando as equipes discordaram.