Tribunal ratifica teto para a Fórmula 1

Ao contrário do que havia acontecido no início deste ano, a FIA conseguiu nesta quarta-feira uma importante vitória no embate com algumas das principais equipes da Fórmula 1. O foco da discussão é um limite orçamentário proposto pela entidade à categoria, e o teto foi ratificado em decisão do tribunal de Grande Inst”ncia de Paris, na França. Na terça-feira, a Ferrari havia apelado à corte para tentar brecar o limite. O argumento da equipe é que o valor proposto pela FIA representaria um corte entre 80% e 90% em seu orçamento anual, valor considerado impraticável pela diretoria da escuderia. A revolta com a proposta da FIA foi tão grande que a Ferrari chegou a ameaçar deixar a Fórmula 1 se a entidade não mudasse o limite. A equipe conta com apoio de rivais como Renault, Red Bull Racing, Toro Rosso e Toyota, que encamparam a ideia de abandonar o grid da categoria como protesto ao teto. Por conta disso, o tribunal também ratificou nesta quarta-feira a data limite para equipes se inscreverem para a próxima temporada. O período termina na próxima semana, e o prazo é uma das apostas para incitar as escuderias a agirem com urgência ? há um limite de 26 carros para 2010. O limite orçamentário imposto pela FIA, que não inclui salários de pilotos ou ações de marketing, é de 40 milhões de libras (R$ 126,4 milhões). Em contrapartida, a entidade decidiu liberar o limite de giros dos motores, o uso de materiais ajustáveis nas asas dianteira e traseira, a realização de testes fora do período de competição e os trabalhos em túneis de vento. ?Não há risco ou qualquer perigo iminente que deve ser prevenido ou obviamente uma irregularidade que deva ser evitada?, disse o juiz Jacques Gondrand de Robert, responsável pelo caso no tribunal de Grande Inst”ncia. A decisão representa uma vitória importante para a FIA. No início deste ano, a entidade havia sido obrigada a retroceder em outra polêmica com as equipes. A instituição tentou mudar o formato de classificação do Mundial de Pilotos, atribuindo mais valor ao número de vitórias, mas mudou de ideia depois de as escuderias protestarem.

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