A Federação de Futebol de Trinidad e Tobago anunciou um erro nas contas do faturamento da entidade com a Copa do Mundo de 2006. O lucro real com o evento foi de US$ 28 milhões (R$ 53,7 milhões), contra US$ 3 milhões (R$ 5,76 milhões) anunciados anteriormente. A ?descoberta? aconteceu após os advogados ingleses de 16 jogadores que disputaram o Mundial questionarem a federação. O anúncio foi feito pelo governo do país, que confirmou a diferença. Aos jogadores da equipe foi prometido a divisão da metade do lucro em partes iguais. O acordo foi feito pelo presidente da entidade, Jack Warner, e os atletas após a classificação da equipe para a Copa do Mundo. Com isso, os jogadores teriam que receber aproximadamente US$ 14 milhões (R$ 26 milhões), que seriam repartidos em partes iguais para os 23 atletas que fizeram parte do grupo, além da comissão técnica. Antes de procurarem os advogados, os jogadores formaram uma comissão para negociar com a federação. Como as conversas não surtiram efeito, eles resolveram ir para os tribunais. ?Enquanto o país e a federação passam por dificuldades, 16 jogadores dão as costas a sua terra por causa de dinheiro?, disse Warner em entrevista a um canal de televisão local. Os jogadores, que desde a entrada com o processo na Justiça deixaram de ser convocados para a seleção, querem mudanças no comando do futebol e acusam a confederação continental de atuar com parcialidade no caso. Warner, além de comandar a federação local, é vice-presidente da Fifa e presidente da Concacaf. Essa, também, não é a primeira vez que o dirigente, aliado de João Havelange durante seu período à frente da Fifa, se mete em esc”ndalos por conta do Mundial na Alemanha. No ano passado, a rede inglesa BBC fez uma reportagem em que denunciou um esquema no qual Warner vendia as passagens para a Copa Mundo somente para quem adquirisse o pacote de viagem completo. O repórter acusou o dirigente de se enriquecer com o futebol. Após a denúncia a empresa foi vendida para pessoas, aparentemente, sem ligações com ele.