A União Pan-Americana de Judô (UPJ) publicou, nesta quarta-feira, um comunicado oficial que garante a presença da delegação brasileira de judô nas Olimpíadas de Pequim. A carta foi assinada pelo presidente da entidade, Jaime Casanova, e traz a seguinte mensagem: “nunca demos qualquer indicação de que, no futuro, tomaríamos alguma ação contra a participação dos atletas brasileiros nos próximos Jogos Olímpicos de Pequim. Os excelentes atletas brasileiros merecem o nosso maior respeito, e sua participação no maior evento esportivo mundial jamais esteve em jogo”. O possível motivo para a não ida dos judocas seria uma desfiliação da Confederação Brasileira de Judô (CBJ) em relação à UPJ. Isso impediria a participação dos brasileiros, já que o estatuto da Federação Internacional de Judô (FIJ), em seu artigo 1º, afirma que reconhece apenas filiações de países membros de entidades continentais. Tudo teria começado depois de uma reunião entre líderes da confederação sul-americanas da modalidade. O possível assunto principal era a destituição da cúpula da UPJ. Na época, o presidente da CBJ, Paulo Wanderley, negou e disse à ?Folha? que era apenas uma reunião comum. “É uma reunião privada de alguns países pan-americanos e que não tem nada a ver com a UPJ, cujo presidente tem medo das nossas ações e reage com ameaças”, afirmou Wanderley.