A maior delegação da história, expectativa de número recorde de medalhas conquistadas, cobertura mais intensiva de todos os tempos e quase R$ 1 bilhão de verbas públicas investidas na preparação. Contando com patrocínios de estatais, repasses do Governo e projetos do Ministério do Esporte, as confederações já arrecadaram pelo menos R$ 926,2 milhões em todo o ciclo olímpico, e o número ainda deve aumentar com a divulgação do valor concedido via lei Agnelo-Piva em 2008. Os maiores investimentos são da pasta de Orlando Silva Jr. Em quatro anos, somente no projeto ?Brasil no Esporte de Alto Rendimento?, foram empenhados R$ 206,2 milhões, sendo que somente R$ 20,5 mi já foram gastos. A verba proveniente da lei Agnelo-Piva, que prevê repasse de 2% da arrecadação das loterias ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e ao Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), também é considerável. De 2005 a 2007 (o balanço de 2008 só será divulgado no próximo ano), as entidades receberam um aporte de R$ 264,6 mi. Se a média anual (R$ 88,2 mi) for mantida, o total de investimentos públicos ultrapassará a casa de R$ 1 bi. De todas as entidades beneficiadas, o COB é o maior receptor de verbas do tipo. Além dos valores provenientes das loterias, o órgão máximo do esporte olímpico brasileiro também é prestigiado pela Petrobras por meio da Lei do Incentivo ao Esporte. Em troca de exposição como patrocinadora oficial, a estatal bancou (com investimento de R$ 26 mi) o projeto da entidade, que buscava a preparação das equipes que vão a Pequim. Entre as modalidades mais ricas estão a natação, o atletismo e o basquete. Com investimentos de Correios, Caixa Econômica Federal e Eletrobras, respectivamente, os esportes somam R$ 111,4 mi nos últimos quatro anos. A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) também recebe apoio do setor, por meio do Banco do Brasil. A entidade, porém, não divulga separadamente o destino de seus recursos. No último ciclo olímpico, a companhia investiu R$ 209 mi no esporte, mas a verba foi pulverizada em patrocínios individuais e outras modalidades, como o futsal. No fim da lista está a Infraero. Com R$ 2,4 mi nos últimos dois anos para o judô, a estatal é a que menos investe no esporte.