Vivendo um momento de grande potencial de expansão, a WNBA terá um aumento significativo no valor dos seus direitos de transmissão domésticos em seu próximo acordo. Segundo o jornal The Washington Post, a liga de basquete feminino dos EUA deve receber U$ 2,2 bilhões nos próximos 11 anos como parte do contrato fechado pela NBA.
A NBA concluiu recentemente o contrato com Disney, NBC e Amazon para seu próximo ciclo de direitos de transmissão. O acordo, no valor de US$ 76 bilhões em 11 anos, inclui um pacote com jogos da temporada da WNBA, que receberia cerca de US$ 200 milhões anuais.
O atual acordo da WNBA, com Disney, Ion e CBS, vale aproximadamente US$ 60 milhões anuais e expirará na próxima temporada. A nova estrutura, portanto, resultaria em um valor mais do que três vezes maior.
O crescimento supera até mesmo as expectativas colocadas pela comissária da liga, Cathy Engelbert, que afirmou, no início do ano, esperar dobrar a receita anual com direitos de mídia.
A receita da WNBA pode ficar ainda maior com a negociação de outros dois pacotes de direitos, que serão comercializados pela liga de maneira independente, sem a interferência da NBA. A expectativa é conseguir mais US$ 60 milhões anuais, de acordo com o site The Athletic.
Mesmo que não consiga alcançar os US$ 260 milhões por ano, a WNBA passará a ser a liga esportiva feminina com o maior acordo de direitos de transmissão. O valor do novo contrato superaria os US$ 240 milhões por quatro anos acordados pela NWSL, a liga norte-americana de futebol feminino, em 2023.
Efeito Caitlin Clark
O novo acordo de direitos de transmissão chega em um momento em que a WNBA possui um grande potencial de expansão da sua base de fãs. A partir da temporada atual, a liga passou a contar com Caitlin Clark, escolhida na primeira posição do draft pelo Indiana Fever.
Considerada o maior fenômeno das últimas décadas do basquete feminino norte-americano, a jogadora tem impulsionado a audiência e o alcance da WNBA.
Um estudo recente, realizado pelo National Research Group (NRG), apontou que 81% dos novos fãs da WNBA nos Estados Unidos apontam Caitlin Clark como a principal razão pelo interesse na liga.