Após a estreia bastante positiva com a camisa são-paulina, ao marcar belo gol e demonstrar habilidade em outros lances, qualquer torcedor do São Paulo poderia imaginar que Rivaldo fosse ser explorado pelo marketing do clube. Ações relacionadas ao atleta, entretanto, terão de aguardar mais boas atuações em campo.
“Estamos aguardando a entrada dele em campo, porque precisamos avaliar as possibilidades conforme o andamento”, explica Julio Casares, vice-presidente de comunicação e marketing do São Paulo, à Máquina do Esporte. Por enquanto, a empolgação da torcida apenas aumentou venda de camisas, embora números não sejam divulgados.
A respeito da capacidade de Rivaldo enquanto ferramenta de marketing, sabe-se que o jogador não é tão extrovertido e carismático quanto outros ídolos, como Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho, mas o clube crê na história do atleta para explorá-lo. “Ele é um cara que não é afeito ao glamour, mas que é produtivo”, argumenta o vice-presidente.
Apesar do potencial gerado pelo bom futebol do meio-campista, Rivaldo ainda terá de evitar certas trapalhadas, como quando marcou o primeiro gol pelo São Paulo. Depois de se livrar dos marcadores e vencer o goleiro, o atleta ergueu a camisa até a cabeça e escondeu a marca da Visa, que havia feito aporte pontual justamente para obter visibilidade.
Outro ponto positivo ressaltado por Casares sobre Rivaldo é a intenção do jogador de assumir a presidência do Mogi Mirim após a aposentadoria. “O fato de ele se preocupar em se aproximar da gestão de clubes é um exemplo de que é um jogador que pensa grande”, justifica o vice-presidente são-paulino.
A postura do jogador enquanto presidente, contudo, tem gerado atritos. A Alps, escola de inglês, havia firmado patrocínio ao Mogi para aproveitar a exposição que Rivaldo geraria, mas o atleta decidiu voltar atrás na decisão de jogar pela equipe para aceitar proposta do time da capital paulista. A empresa, sem ter o que fazer, decepcionou-se.