A organização do Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 firmou uma parceria com a empresa Lwart Soluções Ambientais, de Lençóis Paulista (SP), para coleta e reciclagem, por meio do rerrefino, do óleo que será utilizado na etapa brasileira do campeonato de automobilismo. A corrida será disputada em 13 de novembro, às 15h, no Autódromo de Interlagos, na capital paulista. Esta é a primeira vez que a categoria realizará uma iniciativa como essa no país.
Pelo acordo, a Lwart instalará tambores nos boxes das escuderias para o recolhimento do produto. Uma vez coletado e devidamente armazenado, o óleo será encaminhado à fábrica da empresa, no interior paulista, para passar pelo processo de rerrefino.
Certificado ambiental
Graças a essa iniciativa, o GP São Paulo de Fórmula 1 deverá receber o Certificado de Destinação Final, documento de valor legal, que assegura a conformidade com as normas ambientais.
“Considero histórico o fato de que a etapa de São Paulo da maior categoria do automobilismo projete para o mundo a mensagem de que o óleo lubrificante usado só deve ter um destino, o rerrefino. Vale lembrar que esse é um resíduo presente nos automóveis de passeio, por exemplo. Portanto, o consumidor também exerce um papel de fiscalização, ao procurar saber qual o destino do óleo lubrificante retirado do seu carro. Mais do que cumprir a legislação, é garantir a saúde das pessoas e do meio ambiente”, afirmou Marcelo Murad, diretor de coleta e logística da Lwart Soluções Ambientais.
Em agosto deste ano, a empresa anunciou um trabalho semelhante no Rally dos Sertões, ficando responsável pela coleta e reciclagem de todo o óleo utilizado pelos veículos que participaram da competição.
Segundo a Ambioluc, entidade que representa o setor, um único litro de óleo lubrificante usado é capaz de contaminar 1 milhão de litros de água. Além disso, para cada dez litros queimados do produto, são gerados 20 gramas de metais pesados, de acordo com estimativa da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).