A estratégia já havia sido usada na Copa das Confederações deste ano, na África do Sul. Meses depois, reapareceu com formato mais incisivo e foco no Mundial de 2010. Graças às movimentações de mercado da InBev, companhia que detém sua marca, a Brahma lançou nesta semana uma campanha em que se classifica como patrocinadora oficial da competição promovida pela Fifa. Desde 1994, a Fifa tem contrato com a Anheuser-Busch, dona da marca de cerveja Budweiser. No ano passado, porém, a empresa foi comprada pela InBev, em negócio que movimentou cerca de US$ 52 bilhões. A operação foi fechada depois de o conselho ter resistido durante um mês e rejeitado a proposta inicial, que era US$ 6 bilhões mais baixa. Uma das decorrências do negócio foi a mudança na política de exposição de marcas no patrocínio à Copa do Mundo. A InBev passou a trabalhar também a Brahma, que apareceu em placas publicitárias da Copa das Confederações ? a Coca-Cola, outra parceira da Fifa, já usava o conceito de vários produtos. Na nova campanha da Brahma, produzida pela agência Africa, Luis Fabiano protagoniza um vídeo em que a marca diz ser a primeira empresa brasileira a figurar entre os patrocinadores oficiais de uma Copa do Mundo. ?Estamos muito satisfeitos em poder anunciar que a Brahma, além de ser a patrocinadora oficial da seleção mais guerreira do mundo, é também a primeira marca brasileira a ser patrocinadora oficial do torneio?, disse Marcel Marcondes, diretor de marketing de Brahma. O próprio patrocínio à seleção brasileira, citado por Marcondes, faz parte de uma estratégia de usar vários produtos em um mesmo contrato. O acordo com a equipe nacional tem como principal foco a divulgação do guaraná Antarctica.