Dois anos depois do primeiro contato, a rede de escolas de idiomas Wizard e a NBA, a liga norte-americana de basquete, resolveram um problema que atravancava os planos de ambas. Nesta quarta-feira, em São Paulo, anunciaram um acordo para convivência pacífica de marcas e patentes em “mbito mundial. O cerne da celeuma entre Wizard e NBA é o nome. Uma das franquias da liga dos Estados Unidos é o Washington Wizards, chamado assim desde 1997. O time foi campeão do basquete norte-americano em 1978, quando ainda era Washington Bullets. Estabelecida no Brasil há 22 anos, a Wizard tem registro de marca para as áreas de ensino e publicações didáticas. Portanto, a presença da rede de escolas de idiomas limitava a atuação da franquia da NBA com produtos licenciados no país. O mesmo vale no lado oposto. Com a marca do Washington Wizards estabelecida nos Estados Unidos, a rede de escolas tinha problemas para trabalhar seu nome e fortalecer um plano de expansão em escala mundial. A empresa teve 24% de crescimento e faturamento de R$ 1,1 bilhão em 2009, e grande parte de sua estratégia para o futuro próximo é baseada no crescimento fora do país. ?A NBA tentava fazer algumas coisas no Brasil, mas nós tínhamos o registro e eles não conseguiam. Às vezes, o que acontecia era o oposto. Isso foi assim por cinco anos, mas nós resolvemos sentar e conversar. Nem eles querem ensinar inglês, nem nós queremos jogar basquete?, disse Carlos Wizard Martins, presidente da rede de escolas. Atualmente, a Wizard possui cinco unidades na Cidade do México e outras 25 nos Estados Unidos. Em janeiro, a rede deve abrir sua primeira escola na China. Além disso, negocia mais três pontos na Colômbia (país em que já tem um) e um crescimento na América Central. O plano de internacionalização ainda conta com uma parceria entre a Wizard e uma rede de escolas públicas da China. Com isso, a empresa brasileira pretende crescer ao menos 22% no próximo ano. ?Em quatro ou cinco países, como o México e alguns pontos da União Europeia, esse acordo com a NBA acabará com algumas restrições para a marca?, explicou Celino Bento de Souza, advogado especialista em marcas e patentes que conduziu o processo pela Wizard.