A gigante esportiva digital Fanatics decidiu vender 60% de sua participação na Candy Digital, marca criada por ela mesma e especializada em tokens não fungíveis (NFTs). As ações foram adquiridas por um grupo de investidores liderado pelo banco comercial de criptomoedas Galaxy Digital. As informações são da CNBC, que não revelou os valores da negociação.
De acordo com o veículo, a Fanatics não está mais convencida em relação à sustentabilidade do mercado cripto e de colecionáveis digitais. Segundo o CEO da varejista digital, Michael Rubin, a decisão foi “fácil de tomar”, uma vez que o “futuro dos NFTs é a integração com bens físicos, como cartões comerciais e mercadorias”.
“Acreditamos que os produtos digitais terão mais valor e utilidade quando conectados a colecionáveis físicos para criar uma melhor experiência para os colecionadores”, afirmou Rubin.
“Para esse fim, já temos um conjunto mais amplo e significativo de NFTs e direitos de colecionáveis digitais com nosso negócio Fanatics Collectibles, que veio com nossos direitos de cartões comerciais (NFL, MLB e NBA, entre outros), que estamos integrando perfeitamente com o mundo de direitos colecionáveis físicos de primeira classe que temos atualmente”, acrescentou o executivo.
Vale destacar que a Candy Digital foi avaliada em US$ 1,5 bilhão em 2021. A marca tem parcerias com a MLB, Nascar e WWE, mas foi afetada por uma queda em todo o mercado de NFTs e demitiu um terço de seus 100 funcionários em novembro do ano passado.
A Fanatics, por sua vez, vale cerca de US$ 31 bilhões e projeta receitas de US$ 8 bilhões em 2023. A empresa, que construiu sua história com mercadorias licenciadas, tem expandido para outras áreas, incluindo apostas esportivas, e chegou até a adquirir a Topps, especializada em figurinhas e cards, no ano passado.
De acordo com o site britânico SportPro Media, especula-se que Michael Rubin esteja cogitando abrir o capital da Fanatics em um futuro próximo e que as oscilações do mercado de NFTs estaria sendo uma “distração”.