O Coritiba revelou, nesta terça-feira (31), um projeto para modernização do escudo e de toda a identidade do clube. A apresentação foi feita para o Conselho Deliberativo, além de influenciadores e membros das torcidas organizadas do time paranaense. As mudanças foram aprovadas na reunião e deverão ser oficializadas em 28 de fevereiro, data em que o clube marcou uma Assembleia Geral.
Fundado em 1909, esta não seria a primeira vez que o Coritiba mudaria seu escudo. Ao longo da história, o clube já teve sete escudos diferentes, com algumas mudanças grandes e outras apenas em detalhes. Se aprovado, este de 2023 será o oitavo.
Segundo o Estatuto do Coritiba, Art. 6º e 9º, o emblema do clube é constituído por um círculo, simbolizando o globo terrestre; desenho raiado, lembrando calotas polares; grafia do nome “Coritiba Foot Ball Club”, por extenso, com “Paraná” escrito no espaço inferior; e, com destaque no centro de globo, as iniciais CFC. As cores remetem à bandeira do estado do Paraná, enquanto a estrela dourada é o símbolo da conquista do Campeonato Brasileiro de 1985.
O novo projeto quer unir tradição e evolução. O novo escudo do Coxa se inspira na construção textual da primeira bandeira do clube, além dos meridianos da primeira versão com o globo terrestre.
“Uma busca de valorizar quem realmente somos sem perder as raízes, mas ainda crescendo e gerando por meio de suas sementes uma nova geração de Coxas-Brancas”, destacou o site oficial do clube.
Ao invés de 12 gomos, o novo escudo tem apenas 10 sementes, que também representam o mês de fundação do clube (outubro). O número 12 aparece representado no pavilhão, com 12 raios para representar o dia de aniversário do clube. Ou seja, são 12 raios no pavilhão e 10 pinhões no escudo, formando, juntos, a data completa de fundação (12 de outubro)
Ícone paranaense, a araucária surge “majestosa e imponente”, com os galhos dispostos de forma raiada e no topo do escudo. Já os pinhões simbolizam “as sementes de amor ao Coritiba plantadas por nossos antepassados em nossos corações por gerações”.
Antes calotas polares, a representação do globo terrestre aparece como representação de um todo, o que significa “o nome do Coritiba brilhando pelo mundo”. O desenho é formado pelas raízes “que se desenvolveram no solo sagrado do futebol”.
Na grafia, serão retirados os nomes “Coritiba Foot Ball Club” e “Paraná” do escudo, com a manutenção apenas das iniciais “CFC” no centro, com o “F” tendo maior destaque, “pois o futebol é o centro de tudo, a razão de ser” do clube.
Com relação às cores, a escolha se deu por “um verde que volta a ser ainda mais verde”. Além dele, o azul, utilizado por diversas vezes em camisas de goleiros na história do Coritiba, e o cinza, presentes frequentemente nos meiões, serão duas novidades.
Para completar a paleta, o escudo terá o dourado, mas não mais na estrela do Brasileirão de 1985, que será retirada, e sim como representação da busca por “iluminar o futuro brilhante que virá”.
Por fim, o novo escudo olha com atenção para as redes sociais. A última versão, criada em 1990 na era pré-internet, não previa a aplicação nesse tipo de mídia simplesmente porque elas não existiam. Dessa forma, as grafias “Coritiba Foot Ball Club” e “Paraná” dificultavam a leitura em avatares como no Instagram e no Facebook. Com a retirada dos nomes, a ideia é justamente facilitar a visão do novo escudo.