Um mês após os rumores em torno de uma possível venda de parte da Adidas à empresa de investimentos Apax, a marca alemã volta a ser alvo de especulações do mercado. Na última segunda-feira, o presidente-executivo da fabricante de material esportivo confirmou a possíbilidade de a empresa integrar alguma lista de aquisições de outra multinacional. “Nós estamos bem posicionados e certamente figuramos na lista de uma ou outra empresa de private equity”, afirmou Hainer, destacando que uma possível oferta será tratada como elogio, e não como ameaça. As propostas ajudaram a valorizar as ações da Adidas nos últimos anos, que registraram um aumento de 6,5% no primeiro trimestre deste ano. O balanço dos primeiros três meses de 2007, divulgado em abril, também mostrou um acréscimo de 3% nas vendas do período, resultando em um faturamento total de US$ 3,4 bilhões (cerca R$ 7 bilhões). Em 2005, a Adidas comprou a Reebok por US$ 4,2 bilhões para reforçar sua posição nos Estados Unidos e diputar esse mercado com a principal rival, Nike. O prognóstico feito pela marca é de aumentar as vendas em um dígito neste ano, quando já não contará com os efeitos do Mundial da Alemanha, disputado em 2006. No ano passado, a empresa teve um acréscimo de US$ 633 milhões nos lucros e de 52% no faturamento, chegando à cifra recorde de US$ 13,2 bilhões.