O patrocínio à Copa do Mundo é descrito por dirigentes da Yingli Solar, primeira companhia chinesa associada ao evento, como a principal iniciativa de marketing da marca em “mbito global. Contudo, essa investida pode acabar no dia 11 de julho, data da decisão do torneio deste ano. A renovação para a edição de 2014 ainda depende de resultados da competição na África do Sul.
A Yingli Solar é líder mundial em painéis fotoválticos. A Copa do Mundo, portanto, não é uma iniciativa focada em ganho de mercado. O resultado que interessa à empresa é a ampliação de reconhecimento de sua marca, meta que revela otimismo sobre o segmento em que ela atua.
Nesse sentido, os esforços de comunicação da empresa nos próximos anos não devem ser focados na Europa, principal centro consumidor de energia solar do planeta. A Yingli aposta na criação de novos mercados, como a África. Esse é um dos argumentos que tornam muito provável a renovação do contrato com a Fifa para a Copa do Mundo no Brasil, outra região com muito potencial de desenvolvimento.
“O mercado aqui na África ainda é pequeno, mas existe um potencial enorme para o trabalho com energia solar no continente. Queremos tornar a marca mais conhecida para aproveitar o crescimento do mercado. Temos opção de renovação para a Copa do Mundo de 2014 e sabemos a import”ncia que o Brasil tem no cenário mundial, mas ainda precisamos estudar os resultados da campanha deste ano”, avisou Stuart Brannigan, diretor-geral da Yingli na Europa.
O valor investido pela Yingli no patrocínio à Copa do Mundo é protegido por uma cláusula de confidencialidade no contrato com a Fifa. O acordo dá à empresa oito minutos de exposição em placas publicitárias de todos os jogos do torneio, além do direito de utilizar o rótulo de patrocinador oficial em ações comerciais.
A Yingli ainda será uma das principais parceiras da Fifa para o programa Football for hope, iniciativa social desenvolvida pela entidade em todo o planeta. A partir da Copa do Mundo, a meta do programa é construir 20 centros que unam esporte, educação e auxílio social na África (cinco na África do Sul).
O prazo para inauguração desses centros é o fim de 2012 – oito já estão em construção, quatro em estágio avançado. A Yingli será fornecedora de energia dos espaços. “Isso é importante demais em algumas regiões. Na unidade de Mali, por exemplo, a energia solar é a única alternativa que nós temos para obter eletricidade”, relatou Frederico Addiechi, diretor de responsabilidade social corporativa da Fifa.
A participação em um projeto social com previsão de inauguração de unidades somente em 2012 é mais um indício de que a parceria entre Yingli e Fifa será renovada depois da Copa do Mundo deste ano. “Mas isso não é um assunto para agora”, diretor financeiro global da companhia.