O Grêmio conseguiu da prefeitura porto-alegrense a licença prévia para começar a construir seu novo estádio. O documento assinado significa que o clube tem a aprovação da viabilidade ambiental da obra. Nesse quesito, são avaliados os impactos da obra como a geração de líquidos poluentes, resíduos sólidos e ruídos provenientes da construção.
O prefeito de Porto Alegra, José Fortunati do PDT, assinou o documento e disse, em cerimônia realizada na capital do Rio Grande do Sul: “Muita gente não imagina a import”ncia desse ato, pois desconhece a burocracia que existe para chegarmos até aqui”. O evento contou com figuras como Carlos Eduardo Paes Barreto Neto e Eduardo Pinto, diretores da OAS, construtora responsável pela obra, Giovane Cherini, presidente da Assembleia Legislativa e o secretário municipal do Meio Ambiente, Professor Garcia.
Com o documento, a nova arena gremista consegue importante trunfo para sair do papel. A próxima etapa envolve a discussão das medidas compensatórias, ou seja, o comprometimento dos envolvidos para balancear os impactos da construção. Depois, pede-se a licençada obra, que será o ato definitivo para começar a levantar as estruturas. Além disso, apenas com a licença Prévia estabelecida as empresas podem formalizar a viabilidade financeira da obra, que deve ter o BNDES como principal agente.
Esses atos, no entanto, devem ser bem mais ágeis. O início da construção da nova arena gremista está previsto para daqui a 30 dias. A licença demanda um processo mais longo, tanto que atrasou: a previsão era que sua conclusão acontecesse no início de maio. Mesmo com a demora, o prazo de entrega do estádio mantém a data planejada anteriormente (dezembro de 2012).
A data, cerca de um ano e meio antes da Copa de 2014, que será realizada no Brasil, faz com que o clube coloque a sua arena à disposição da Fifa e da CBF para ser utilizada no Mundial. No entanto, o presidente do Grêmio, Duda Kroeff, ressalta que não é esse o principal enfoque: “Tenho que dizer que o estádio é para a sua torcida. Se na época da copa ele for necessário, estará à disposição”.
A nova casa do time gaúcho terá capacidade para 50 mil torcedores e terá um custo de cerca de R$ 400 milhões. O responsável pela obra será a construtora OAS, que dividirá a administração da arena por vinte anos, além de ficar com o terreno do Estádio Olímpico, situado em uma área nobre de Porto Alegre.