O Campeonato Brasileiro 2023 terá início em 15 de abril, com o confronto entre Palmeiras e Cuiabá, no Allianz Parque. O clube de Mato Grosso começará a competição sendo o único, entre os 20 que disputam a Série A, a não ser patrocinado por um site de apostas. Todas as demais equipes da competição têm parceria com empresas do ramo.
Desde sua chegada à primeira divisão, em 2021, o clube tem sido uma vitrine para empresas sediadas no Mato Grosso, em especial a Drebor e a Raytak, ambas de propriedade de Manoel Dresch, principal investidor do Cuiabá, e que atuam na área de recapagem de pneus.
A relação com o agronegócio é outro destaque nas parcerias comerciais do clube. Um de seus poucos patrocínios de camisa é com a Agro Amazônia, empresa do Grupo Sumitomo, do Japão, que tem forte atuação nessa área.
Nesta semana, o Cuiabá anunciou a renovação e a expansão da parceria com a Agro Amazônia. Além de seguir presente nos uniformes da equipe, a empresa levará sua logomarca para uma das principais atrações do clube nos jogos em casa: o carro-maca em forma de colheitadeira.
Peso econômico
A relação do Cuiabá com o agro tem a ver com a própria dinâmica econômica do estado onde o clube está sediado. A agropecuária responde por mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) do Mato Grosso.
Dos dez municípios que mais produzem soja no país, cinco são mato-grossenses, incluindo Sorriso, líder do ranking e que responde por mais de 2,3 milhões de toneladas anuais desse grão, que é um dos principais itens de exportação do Brasil.
Na coletiva de imprensa organizada para o anúncio da renovação do patrocínio, Roberto Motta, CEO da Agro Amazônia, fez questão de destacar essa relação do clube com o agronegócio.
“Estamos extremamente felizes e satisfeitos com essa parceria com o Cuiabá Esporte Clube. As duas marcas, Agro Amazônia e Cuiabá, representam o agro em campo. A gente está tendo uma parceria de sucesso. Foram dois anos espetaculares com os nossos clientes e fornecedores acompanhando e torcendo pelo futebol mato-grossense, pelo Cuiabá Esporte Clube”, afirmou.
Em busca de expansão
A Agro Amazônia, que completa 40 anos de história com 61 filiais espalhadas por nove estados brasileiros, estampa sua logomarca nos ombros do Cuiabá desde a chegada do clube à Série A.
“É um momento de muito orgulho e satisfação para nós. Nada melhor do que sinalizar uma renovação em um time que é motivo para nos orgulharmos. Outra razão para essa parceria, além dos 40 anos, é o fato de que a Agro Amazônia é uma companhia em plena expansão geográfica. Nós estamos em nove estados brasileiros, com plano de avançar para outros estados, então nos posicionar com uma marca forte, com um clube representando o agronegócio, totalmente conectado com o nosso negócio, naquela que é a paixão do brasileiro (o futebol) faz todo sentido”, disse Edmarcio Silva, vice-presidente de marketing da Agro Amazônia.
A estreia do carro-maca-colheitadeira com a marca da Agro Amazônia será no segundo jogo da final do Campeonato Mato-Grossense, entre Cuiabá e União Rondonópolis. A partida ocorrerá no próximo sábado (8), a partir das 16h30, na Arena Pantanal.
“Nós levamos o nome da capital do estado, e o que nós temos que levar além do futebol, é o nosso carro-chefe, que fez o Mato Grosso ser o que ele é: o agronegócio. Esse segmento da economia faz com que hoje o Brasil consiga ter uma situação econômica melhor. O Mato Grosso é o símbolo do agronegócio, e Cuiabá está atualmente com uma das maiores cidades desse ramo no Brasil. Para o clube, que representa este estado, é muito importante ter uma empresa desse segmento”, afirmou Cristiano Dresch, vice-presidente do Cuiabá.