Divulgado na última quinta-feira por Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do comitê organizador local (COL), ratificada depois pelo secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, a ideia de dividir o Brasil em quatro regiões para a Copa do Mundo de 2014 também tem endosso de autoridades nacionais. A proposta tem como principal finalidade tornar mais fácil a mobilidade urbana durante o evento.
“Acho uma boa ideia, sim. O Brasil é um país continental, e nós precisamos considerar isso. Não estamos falando de um país do tamanho da Alemanha e nem do tamanho da África do Sul. A diferença é muito grande”, opinou o ministro do Turismo, Luiz Barretto.
A ideia de evitar deslocamentos longos é uma forma de amenizar as dificuldades que aconteceriam na Copa do Mundo de 2014 caso torcedores, delegações e organizadores do torneio precisassem percorrer o país a cada jogo. Entretanto, isso também diminuiria o contato do público com diferentes culturas de cada região e teria um impacto direto (e negativo) no consumo.
Outro problema é a gestão das equipes. Pelo tamanho, o Brasil tem regiões com características climáticas e ambientais totalmente distintas. A ideia de dividir o país em regiões, portanto, evitaria que um mesmo time fizesse jogos em locais com grandes diferenças.
“Imagine se um time faz toda a preparação na Amazônia, joga em Manaus a primeira fase e depois tem de disputar um jogo em Porto Alegre. Ele precisaria de um tempo para se adaptar à diferença, mas isso seria complicado. Esse é um dos principais motivos de eu achar que a divisão é uma boa ideia, principalmente nas primeiras rodadas”, completou Barretto.