A Panini do Brasil terá o maior faturamento entre todas as filiais em 2010. Esse número é sustentado pelo sucesso do álbum da Copa do Mundo da África do Sul que, comparado à edição de 2006, teve um aumento de 30% em suas vendas. Para 2011, no entanto, a expectativa não é tão otimista, já que o álbum do Campeonato Brasileiro não tem o mesmo sucesso.
O problema da Panini brasileira é que o europeu tem maior interesse no álbum dos campeonatos nacionais. No Brasil, o consumidor ainda não tem esse hábito, com exceção da Copa do Mundo. Nos anos anteriores, a empresa nem lançou edições do Brasileirão, já que não conseguiu a licença de alguns clubes. Em 2010, após um acordo com a Editora Abril, foi lançado nesta semana a versão do Nacional deste ano com todos os clubes da série A e B.
A Panini aposta que, com os direitos de todos os times e com campeonato organizado, com sequência na sua fórmula, o interesse do torcedor e do colecionador seja crescente. Nos últimos anos, a empresa teve que se adequar às mudanças realizadas no calendário do futebol para organizar as suas vendas.
O corte mais evidente dessas mudanças foi a da versão estadual dos álbuns. Com a redução do tempo de disputa, a produção de edições como a do Campeonato Paulista foi completamente descartada. Para o presidente da Panini, José Eduardo Severo Martins, a produção da revista para um torneio de cerca de três meses não é vantajosa. “O regional está curto. É pouco tempo para produção e venda; nós não conseguimos cobrir os custos”, afirma Martins.
A missão de ser a filial mais lucrativa em ano sem Copa do Mundo não é tão delicada quanto parece. Em 2009, os resultados da empresa a colocaram em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da Alemanha, a ‘vice’ em 2010. Já para o álbum do Campeonato Brasileiro de 2010, a expectativa é que sejam vendidos 50 milhões de pacotes, distribuindo 250 milhões de figurinhas que completarão 500 mil álbuns.