Mesmo sem contrato, o tenista Thomaz Bellucci seguirá usando Topper. O acordo do jogador com sua fabricante de material esportivo acabou no dia 31 de julho, mas ele vai continuar vestindo produtos da empresa enquanto não definir seu futuro nesse aspecto.
A postura faz parte de uma carência estipulada em contrato, sobre a qual o estafe do jogador e a empresa não falam. Bellucci usará roupas da Topper em todas as competições que disputar durante a negociação, mas a regra não se aplica a calçados – o tenista reclama desde o ano passado de dores causadas por tênis de sua fabricante, e usou artefatos de outras empresas em competições recentes.
“É público que o contrato do Bellucci com a Topper venceu, mas ainda existe uma carência. Nesse prazo de carência é que está sendo tratada a negociação. Ele jogará com roupas da Topper enquanto isso durar, mas o tênis é um processo que está mais ligado ao tenista. Ele precisa usar o que atenda às especificações técnicas de um atleta do porte dele”, disse José Augusto, diretor comercial da Koch Tavares, empresa que administra a carreira do atleta.
A questão do tênis é um dos principais focos de polêmica na relação entre Bellucci e a Topper. O jogador reclamou de dores e incômodos causados pelo tênis da marca, mas a empresa chegou a cogitar uma postura orquestrada, desde o ano passado, para viabilizar uma rescisão sem necessidade de pagar multa.
Inicialmente, a Topper acreditava em uma decisão sobre o contrato com Bellucci antes do término do outro vínculo. No entanto, o jogador não apresentou proposta oficial de outra empresa – quando isso for feito, a companhia terá 20 dias para dizer se exercerá um direito de preferência.
Bellucci não era um tenista consolidado quando assinou contrato com a Topper. Atualmente, ocupa o 26º lugar no ranking mundial da Associação de Tenistas Profissionais (ATP).
Valorizado, o paulistano foi procurado por outras empresas. Topper e o estafe do atleta não falam sobre isso, mas a Adidas foi uma das marcas que sondaram o atleta para os próximos anos.
“Ainda estamos conversando, mas não existe um prazo para definir isso. Dependemos do que o jogador nos apresentar. Só então saberemos se vamos exercer essa questão da preferência”, afirmou Gilberto Ratto, gerente de marketing esportivo do grupo Alpargatas, que controla a Topper.