O projeto de adequação do Brasil e de suas arenas para a Copa do Mundo de 2014 passa por segmentos em que a Fifa possui parcerias comerciais. Entretanto, a despeito de essas empresas terem planos de expansão e foco no mercado brasileiro para os próximos anos, elas não terão espaço além dos 30 dias de competição.
Essa é uma postura que fica clara desde os projetos. Licitações e planejamento de obras têm sido feitos no Brasil, e em muitos casos os parceiros da Fifa não foram sequer considerados.
Os exemplos mais concretos dessa situação são a empresa indiana Mahindra Satyam e a chinesa Yingli Solar. Ambas têm contrato com a Fifa para patrocinar a Copa do Mundo de 2014. Ambas pretendem intensificar nos próximos anos a participação no mercado brasileiro. Mas nenhuma delas participa de nenhum projeto para o torneio.
Projetos de estádios que contemplam estrutura de energia solar, por exemplo, não têm qualquer relação com a Yingli. O mesmo vale para a Mahindra Satyam, que atua no segmento de tecnologia da informação.
Internamente, a postura do comitê organizador local (COL) é que os patrocinadores e parceiros da Fifa devem usufruir a Copa do Mundo apenas durante a duração do evento. Portanto, não será feita nenhuma orientação especial para que representantes das sedes conversem com as empresas que apoiam a entidade mundial.