A eliminação do Santa Cruz da Série D do Campeonato Brasileiro fez com que o clube antecipasse eleições presidenciais, de dezembro para outubro. Frustrado, o atual presidente, Fernando Bezerra Coelho, deixa a equipe três meses antes do previsto para que a futura gestão tenha tempo de planejar a próxima temporada. Por ora, o impasse político paralisou o marketing tricolor.
Desde o início do ano, a missão da cúpula do time pernambucano era ascender à terceira divisão da liga nacional, objeto de desejo comum entre a torcida, aflita com o afastamento do Santa Cruz da elite brasileira desde 2006. Com o fracasso mais recente, a saída de Coelho e a indefinição de candidatos a substitui-lo fizeram com que negociações de patrocínios para 2011 emperrassem.
Se o atual grupo de empresários que apoia o clube conseguir emplacar novo nome na presidência, o planejamento traçado até o momento terá continuidade e o departamento de marketing retoma discussões por novos acordos. Por ora, mesmo sem decisão no “mbito político, gestores do Santa Cruz mantêm negociações com empresas. O contrato com a Penalty, fornecedora de materiais esportivos, está praticamente acertado, conforme antecipou a Máquina do Esporte.
Caso contrário, se o sucessor apontado pelo grupo não vencer as eleições, é provável que a nova gestão leve mais tempo para se adaptar ao clube e comece a anunciar mudanças. Por esse motivo, principalmente, as eleições foram antecipadas. Até o momento, além do presidente, já deixaram o Santa Cruz técnico, gerente de futebol e mais de 20 atletas.
O êxodo de profissionais está diretamente ligado ao fracasso na Série D. Em outras competições, como Campeonato Pernambucano e Copa do Brasil, a equipe nem obteve resultados tão negativos – 3º e 13º, respectivamente. Mas o foco é a promoção à Série C e, segundo fonte ligada ao time, todos os esforços serão empregados para atingir a meta.
O Campeonato do Nordeste e a Copa Pernambuco ainda serão disputados até o fim do ano, mas o torcedor tricolor terá de se conformar com desempenho abaixo do ideal. Sem presidência definida, o desfalcado elenco será comandado pelo então treinador das categorias de base, Henry Lauar, promovido a técnico após a demissão do antecessor.